Conselheiro Galvão, 11 de setembro de 1966


Antes da estreia no Campeonato Carioca de 1966, o Bangu viveu uma semana turbulenta. O técnico Zizinho tinha sido demitido depois da derrota para o Flamengo por 2 a 1, na última rodada da Taça Guanabara.
Para o seu lugar foi chamado o argentino Alfredo González que, nos anos 30 e 40, tinha jogado no Boca Juniors e no Flamengo. Com pouco tempo para conhecer os jogadores e armar um esquema tático, González era uma incógnita. Pelo menos, o adversário inicial era o Madureira, que montara uma equipe fraca.
A vantagem de jogar no alçapão da rua Conselheiro Galvão não foi suficiente para o “Tricolor Suburbano”. O Bangu terminou o 1º tempo vencendo pela contagem mínima: gol de Paulo Borges, aproveitando uma bola largada pelo goleiro Silas.
O verdadeiro show ocorreu no 2º tempo, quando o Madureira não conseguiu, sequer, chegar ao gol de Ubirajara. Ênio fez 2 a 0, ao receber um passe de Zé Carlos, driblar dois zagueiros, o goleiro e colocar a bola na meta.

Atordoado com o golaço do jovem Ênio, o zagueirão Nagel segurou a bola com a mão dentro da área, cinco minutos depois. Um pênalti infantil que Jair converteu no terceiro gol.
O quarto gol também foi bonito. Tabela rápida entre Paulo Borges e Tonho; o craque banguense, de primeira, chutou no canto esquerdo do goleiro Silas.
Já que o Madureira não esboçou qualquer reação, Jair aproveitou para anotar mais um no último ataque da partida: um “míssil” de fora da área selou a goleada alvirrubra: 5 a 0!
Uma estreia e tanto para o técnico Alfredo González, tricampeão pernambucano pelo Náutico em 1963/64/65, e que tinha a missão de dar um título a outro alvirrubro, ávido por uma taça que buscava há 33 anos.

Craque do Bangu 66, comentando a saída de Zizinho

Campeonato Carioca 1966
