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3 | x | 0 | ![]() |
BANGU | Campo Grande |
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Campeonato Carioca (Turno - 4ª Rodada) |
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Estádio Proletário (RJ) |
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25/09/1966 |
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1.926 pagantes |
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Aírton Vieira de Morais |
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Amilcar Ferreira e Carlos Vidal |
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Ubirajara, Fidélis, Mário Tito, Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Jair; Paulo Borges, Ênio, Cabralzinho e Zé Carlos. Técnico: Alfredo González. |
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Miranda, Paulo, Guilherme, Geneci e Carlinhos; Íris e Norival; Hamílton, Jairo, Jorge e Roberto. Técnico: Pavão |
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No 1º tempo: Cabralzinho (14) e Ênio (25). No 2º tempo: Cabralzinho (33). |
O Bangu obteve uma fácil vitória por 3 x 0 frente ao Campo Grande, ontem à tarde, em Moça Bonita, fazendo valer a sua superioridade técnica e tática e a categoria individual de seus jogadores, principalmente quando o Campo Grande passou a contar com apenas dez homens, desde que o médio Íris luxou o braço direito e não pode mais voltar ao gramado, a partir dos 13 minutos do primeiro tempo.
A equipe banguense movimentou-se no ataque com os extremas caindo pelo miolo e os pontas de lança abrindo para as pontas, diante de uma defesa do Campo Grande muito falha, particularmente na lateral esquerda, por onde Carlinhos permitia a Paulo Borges penetrar com facilidade.
Sem ataque
Além de frágil na retaguarda, o Campo Grande repetiu o mesmo temor de lançar-se ao ataque observado por ocasião do seu compromisso com o Fluminense, uma vez que o ponta de lança Jorge, sozinho, nada pode fazer de proveitoso diante da bem armada e segura defesa do Bangu. Logo aos 13 minutos, com os banguenses visivelmente senhores das ações, o Campo Grande teve a infelicidade de não poder contar com o médio Íris, que luxou o braço direito num choque com o médio Jaime. Um minuto após, Guilherme cometeu falta sobre Cabralzinho nas proximidades da grande área e disso resultou a abertura da contagem, por intermédio do próprio Cabralzinho, que chutou das proximidades da lateral esquerda. A bola bateu na baliza direita e resvalou para o fundo da rede, depois de passar por uma barreira composta de apenas três homens.
Se o Campo Grande já não oferecia o mínimo de perigo, ainda quando estava com a sua equipe completa, com o recuo do ponta-esquerda Roberto para a meia-cancha, então, as manobras tornaram-se muito mais fáceis para os banguenses. Aos 25 minutos, Ênio recebeu um passe de Jair, na entrada da área, amorteceu a bola na coxa direita e, de costas para o gol, colocou no canto direito de Miranda, que ficou parado e sem ânimo para praticar a defesa.
Sem interesse
Ao voltar para a fase complementar, os jogadores do Campo Grande tentaram corrigir as suas deficiências técnicas e táticas com o apelo ao jogo violento, provocando a reação nos mesmos termos por parte dos adversários. O juiz, porém, fez valer a sua autoridade e pôs um fim aos recursos extra-futebol.
Ao contrário do jogo veloz e vistoso apresentado na fase inicial, os jogadores banguenses limitaram-se a uma troca lenta de passes, embora mesmo desinteressados na ampliação da vantagem, tivessem perdido várias oportunidades para marcar. Aos 28 minutos, o árbitro deixou de assinalar um pênalti contra o time rural, no lance em que o zagueiro Guilherme ajeitou a bola com a mão, dentro da grande área.
Bangu melhorou
Coube a Cabralzinho estabelecer o placar definitivo, quando eram decorridos 33 minutos. Guilherme dominou a bola e acabou perdendo o controle de seus próprios movimentos, permitindo a Cabralzinho levar a melhor. Esse lançou em profundidade para Paulo Borges, que penetrou e chutou da linha da grande área. Miranda espalmou e a bola sobrou para Cabralzinho, que acompanhava o lance e completou para o fundo da rede. Daí até o árbitro dar por encerrado o jogo, o Bangu exibiu um bom padrão de jogo, voltando a atuar como no primeiro tempo.